Mensagens psicografadas

O Homem Sadio: homem cósmico spiritualis

Desde que o homem é homem,nascido da experiência de amor do criador e vendo a luz da razão na noite dos séculos,perscruta ele o universo em busca de resposta.

Inicialmente deslumbrado pelos fenômenos naturais,e trazendo em si a consciência da existência do criador,projeta seus atributos anímicos nas forças descomunais que no universo macro traduzem o micro-universo do filho de Deus.

Criatura,sente-se só na imensidão do cosmos e vigia as estrelas qual viajante que vindo de um lugar longínquo aguarda o instante de retorno à morada de origem.

Angustia-se,agita-se,projeta-se e demora-se nos cultos de natureza exterior,pois que sua realidade interna lhe diz da necessidade de adorar o sagrado e profundo poder que o governa e que lhe deu origem.

Desconhecendo suas potencialidades íntimas,busca os ritos e símbolos que lhe expressam o desejo de aplacar a saudade profunda que sente do regaço do Pai. Filho de Deus,divino feito humano,espelhando em si o próprio criador,anseia por desvelar-se e revelar ao mundo em que vive,desejoso de conhecimento que entusiasme a alma e preencha-o de sentido e significado.

Dominado pelo saber temporário e entorpecido na rebeldia do falso conhecimento,pensa poder recriminar a fonte e condenar sua origem sem condenar sua natureza. Embriagado na ilusão da matéria que se desfaz dia a dia,identificado com a máscaras temporárias das vivências transitórias,dorme espiritualmente até que a morte,fenômeno biológico que revela-lhe  a vida,descortina para si os efeitos indeléveis de suas escolhas,decisões e atos,apresentando-lhe a imortalidade com a qual a criatura honra o criador,mais dia,menos dia.

Homem integral,conjugando espírito e matéria,traz em si o potencial psíquico que,qual verdadeira caixa de pandora[1],apresenta-lhe as surpresas do presente,passado e futuro,na realidade atemporal da vida que lhe é inerente. Desejoso de conhecer e pesquisar para descobrir-se,investiga a natureza metafísica da existência e, rasgando o véu de Ísis[2],abre os canais psíquicos para as percepções extra-sensoriais que lhe revelam a grandiosidade da obra da criação,atestando-lhe a maravilha da vida imortal.

Pouco a pouco,sensibiliza-se em seus movimentos evolutivos e larga o Maya[3],a ilusão da materialidade,provando para si a inexistência da matéria e entrando na esfera da consciência quântica que lhe revela a multidimensionalidade do espaço-tempo em que se expressa a inteligência.

Desenvolvido em conhecimento,anseia a conquista do sentimento que lhe permita vôos mais altos de espiritualidade e que lhe desobstaculize os potenciais interiores,anímicos,com os quais o criador lhe dotou,fazendo-o deus em sua esfera de ação,no potencial co-criador que somente a sensibilidade e o sentimento elevados podem despertar no processo evolutivo.

Qual crisálida cósmica,dorme em suas expressões sensoriais inferiores e acorda para a vida superior do espírito,determinando o aproveitamento do tempo e das horas,honrando a vida e o Pai em si por meio do Amor.

Criatura,se reencontra com o criador em si e traduz-lhe as vontades,identificando mente e coração,fazendo cumprir o papel que lhe cabe na obra do universo.

Nasce, então, o Homem sadio, o homem cósmico spiritualis, que vencendo a materialidade, emerge das cinzas das experiências infelizes para a glória dos gozos eternos, qual fênix[4] santificada nos valores eternos do espírito imortal.

Luz menor,brilha em seu campo de ação,louvando em atos ao criador,que o honra e resguarda,fazendo dele um instrumento de paz,força e trabalho,com o qual sustenta a vida nas obras santas e perfeitas do amor.

Homero Gómez

Página psicografada por Andrei Moreira,em reunião mediúnica da Amemg,na noite de 21/02/2011,no Hospital Espírita André Luiz.

[1] O nome “Pandora” possui vários significados:panta dôra,a que possui todos os dons,ou pantôn dôra,a que é o dom de todos (dos deuses). Na mitologia grega,representa a mulher criada por Hefesto e Atenas,auxiliados por todos os outros deuses e sob as ordens de Zêus. Casou-se com Epimeteu,irmão de prometeu,que possuia uma caixa que continha presentes dos deuses,na forma de bens. Abriu-a e todos os bens e males se escaparam para a Terra,com exceção da esperança. Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Pandora,acessado em 22/02/2011.

[2] Ísis é uma deusa egípcia,esposa de sert,mãe de Hórus,e representa a deusa da lua,mãe da natureza. O véu multicolorido de Ísis é o mesmo véu de Maias,que nos é familiar no pensamento hindu. Ele representa a forma sempre mutante da natureza,cuja beleza e tragédia ocultam o espírito aos nosso olhos. O véu de Ísis,tem também significados derivados. Diz-se que o ser vivo é pego na teia ou véu de Ísis,significando que no nascimento o espírito,a centelha divina,que está em todos nós,é preso ou incorporado na carne. Fonte:http://www.soldegaya.jex.com.br,acessado em 22/02/2011.

[3] Maya (do sânscrito माया,māyā) é um termo filosófico,criado pelo filósofo hindiano Adi Shankara no século IX e que foi absorvido pelas religiões e filosofias do oriente. Tem vários significados,mas em geral se refere ao conceito da ilusão que constituiria a verdadeira natureza do universo objetivo. Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Maya_(filosofia),acessado em 22/02/2011.

[4] A fênix ou fénix é um pássaro da mitologia grega que,quando morria,entrava em auto-combustão e,passado algum tempo,renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas,havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual. Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%AAnix,acessado em 22/02/2011.

Mensagens final congresso 2010

O Filho Pródigo é para nós um emblema,

Porque o mesmo representa o nosso problema,

De querer sempre mais,caindo na prodigalidade.

Mas a criatura cai,por si mesmo,no tema.

E o ser perde o caminho e o esquema,

Permanecendo no instinto e na animalidade.

O Pai é o símbolo do amor e misericórdia,

Que lhe vê em beleza e não na mixórdia,

Engrandecendo a potencialidade do seu interior.

É Ele um chamado vivo para a concórdia,

Para que a ação filial já não seja uma paródia,

Mas um exercício de crescimento na busca do amor.

Um Religioso

Mensagem intuída durante a palestra do Afonso Chagas,no V Congresso de Saúde e Espiritualidade da AMEMG, pelo médium Roberto Lúcio.

A missão dos terapeutas

Que a luz divina ilumine os nossos corações!

A página[1] inicial fala-nos da orfandade de um tipo específico de órfãos e seria importante que refletíssemos na imensidão de criaturas que se consideram órfãs de um Pai Maior; Que por diversas condições, crêem estarem abandonadas, à mercê de forças infelizes e constrangedoras, e não conseguem vislumbrar esse farol, esse referencial, que é o “Pai Criador”.

Certamente, muitas dessas criaturas foram agindo de formas sistematizadas e embasadas no seu próprio egoísmo, negando esse Pai nas suas próprias atitudes, vendo-se assim isolados e desvitalizados. Mas, a sua rebeldia teima em depositar no Pai a responsabilidade dos seus sofrimentos e da sua condição atual e esperam na atuação ostensiva de Deus a salvação deles próprios, sendo eximidos de uma atitude reparadora e transformadora.

Certamente, nesse contexto, podemos colocar grande parte da humanidade que transita por esse planeta e que teima em manter-se voltada para os prazeres imediatos, para a condição do “ter”, sem aceitar nenhum compromisso com o “ser”, com a sua essência e com responsabilidade pessoal de crescimento.

Sem tirar a responsabilidade de algumas criaturas pelas suas derrocadas morais, gostaríamos de situar outra faixa de órfãos que merece especial atenção nos corações amigos que nos escutam: são aqueles que pela fragilidade e pela postura de credulidade, depositaram em outros um referencial, uma ponte intermediária para chegar até esse Pai; E que se viram amargamente decepcionados, se sentiram ludibriados, que viveram o ultraje, a força da inteligência usada em beneficio próprio, esmagando os inferiores e tirando desses seres a crença possível no bem e a realidade incondicional do amor.

Estar na condição de terapeuta neste instante atual da humanidade é um chamado para revisarem os seus papéis e para tomarem consciência plena dos deslizes pretéritos que quebraram esses liames nas vidas de muitas criaturas porque já haviam apagado a força e a manifestação da luz em si próprios.

Postura sem nenhuma busca de condenação é bastante condizente com uma fala do Mestre ao se referir a uma determinada parcela do povo judeu, quando dizia das abominações para aquelas criaturas que se postavam nas portas dos templos, não entrando e não deixando outros entrarem.

É muito importante que nos façamos, dia mais dia, criaturas mais condizentes com as palavras que saem dos nossos lábios, para que elas se sedimentando na mente, possam ser irradiar através do coração.

Ser convidado a cuidar do rebanho do bom pastor não é um privilégio mas, uma grande responsabilidade. É um desafio de resgate pessoal de reencontro com essa paternidade amorosa que sustenta toda criação.

Aprendermos a olhar, com os olhos de bondade do Cristo, as criaturas que nos cercam, de entendê-las nestes aspectos de orfandade, a nos dispormos, independente dos sacrifícios necessários, a tutelá-los na retomada do caminho, que é pessoal e intransferível, mas que encontra conforto e consolo, quando há uma mão amiga para caminhar ao lado. Esse é o grande convite, talvez o maior dos convites que o Cristo fez àquele que foi um dos principais divulgadores da sua doutrina: Pedro.

“Pedro até agora foste pescador do mundo. Vinde comigo e farei de você pescador de homens”.

Que os vossos corações possam ser tocados dia a dia, mais e mais, por esse convite, possibilitando-os a fazerem esse resgate, de maneira consciente e tranqüila.

Que Deus, nos ampare e nos proteja, e que Sua luz nos ilumine em todos os momentos de nossas vidas!

Que a paz nos acompanhe hoje e sempre!

Raphael

Psicografado por Roberto Lúcio Vieira de Souza, em 10/08/2009, na reunião da Amemg no Hospital Espírita André Luiz

[1] Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo XXIII – Item 18

Pão Nosso – Capítulo 43 “Boas Maneiras”

Encontro com a essência

Perante as quedas inúmeras da natureza humana, levanta e prossegue. Guarda certeza de que a vida te concita ao trabalho de autoburilamento, com total confiança em sua capacidade de autopreservação, renovação e resiliência.

Olha com ternura para teu mundo íntimo, sem negar a sua grandeza, exalta a vida que se expressa em ti, por meio do aproveitamento do tempo e das horas, com dedicação incondicional em tua harmonia interior.

Lembra-te de que és espírito imortal, e como tal, egresso de passado multimilenar de construções felizes e infelizes. Trazes, pois, em tua intimidade e tendências, os núcleos de enfermidade e saúde que deves exonerar ou cultivar para tua felicidade.

Analisa a vida que teus passos têm construído e percebe o que tens feito do manancial infinito dos recursos que a Divina Concessão te tem confiado ao cuidado e ao aproveitamento.

Acima da cultura, da psicologia construída na educação presente, vibram os impulsos profundos na intimidade da criatura a guiá-la em ligações e parcerias que constroem a teia da vida, na qual se movimenta e se nutre. Mais profundamente, ainda, vibram os impulsos da presença do Pai, imanente em cada ser, a convidar o homem ao equacionamento dos dramas superficiais e ao centramento no eixo fundamental que lhe pacifica a certeza da Divina Paternidade.

Confia, pois, no Deus que há em ti e entrega-te a Ele. Busca um local de descanso em tua alma onde possa alimentar teu contato com a fonte da Suprema Abundância e paire acima de teus conflitos momentâneos, na certeza de que problemas e dificuldades, lutas e conflitos são pano de fundo de uma viagem certeira no mar da vida rumo ao Porto do Amor  Divino, onde chegarás, fatalmente.

As dificuldades que te experimentas, muitas delas eleitas por ti são como o enjôo no balanço da embarcação, a lembrar-te que há movimento acontecendo acima  das ondas do mar  na vida e que és vivo e humano, em processo de desenvolvimento.

Guarda certeza de que nada falta a ninguém, senão àquele que tudo exige sem reconhecer o quanto lhe sobra de investimento e amor.

Onde estejas, sê a mensagem viva da natureza real da vida.

Viva a imortalidade na matéria, a impermanência na limitada forma tolhedora do manancial infinito, fazendo-te em sintonia com a ordem do Universo que vibra sob o comando harmonioso d’Aquele que tudo pode.

À medida em que esta realidade for verdade em tua alma, a paz lentamente encontrará o abrigo em tua morada interior e os teus olhos irradiarão a luz da Essência, vertendo do local mais profundo e sagrado onde Deus habita no teu coração.

Paz,

Dias da Cruz

Psicografado por Andrei Moreira, em 16/01/2012, na reunião da Amemg no Hospital Espírita André Luiz

Raia um novo tempo

Queridos irmãos,

Raia o dia de um novo tempo, uma nova hora sobre a face escura do Planeta, que lentamente se transforma sob o foco renovador das ciências cósmicas da vida. Raia um novo amanhecer em que o mundo vê o clamor dos povos, das culturas, dos ideais superiores a prevalecer sobre as sombras dos conflitos e tormentos de todos os tempos a prenunciar o alvorecer da era do espírito.

Raia um novo tempo em que o espírito, ser inteligente e imortal, espelhará a grandeza maior da fonte que lhe deu origem e o sustenta.

Atraído pela força centrifuga para presença de Deus em si, caminha o espírito em humanidade na direção do encontro com a realidade da vida, na imaterialidade das questões espirituais. Aos poucos se perdem os limites da matéria e a ilusão da vida se desfaz diante da grandeza do Criador, que se esconde nas pequenas coisas da vida diária. Trata-se de fenômeno natural do encontro do ser com a realidade interior que o sustenta e mantém.

Começa um novo ciclo de espaço tempo e a esperança, marca maior da humanidade, síntese do contato do homem do divino que há por detrás de tudo, o mantém e resguarda, na certeza de um novo porvir. Ciclo de renovação que prenuncia a era nova, onde o mundo, longe de acabar-se, conforme as predições pessimistas, prossegue no rumo certo na realização de seu destino maior  de morada de um novo homem, configurando-se, portanto, em uma nova Terra por determinação das Leis Sábias do Senhor.

Nesse instante de equacionamento em que a balança da vida afere as conquistas positivas, perante as dificuldades naturais dos conflitos humanos, é necessário que o homem se resguarde na segurança interna das decisões maduras, sem postergar a hora decisiva de encontro e transformação interior que se fazem imprescindíveis e urgentes. Não mais há tempo a perder. Não há mais espaço para os conflitos senão aqueles necessários para definir como, quando e onde melhor servir em nome do Cristo, a quem tudo devemos, em nome de Deus.

Honremos, pois, a divina presença em cada um e cada qual, permitindo se revele no homem hodierno a grandeza primeira que o Senhor o destinou.

Movido pelo tropismo das forças espirituais superiores guie-se o homem, pelas determinações santas da consciência sem olvidar o divino chamado, que se faz convocação nesta hora grave de definições no Planeta.

Seja o amor a força curativa por excelência que mantém a cada qual conectado a si mesmo e à Fonte Suprema, fechando feridas, calando as vozes da rebeldia interna que impede a humildade de se apresentar perante a experiência atual.

Honre-se no homem a presença de Deus e a humanidade do futuro será, desde hoje, a humanidade de um mundo regenerado no qual o amor cristão represente o divino alimento de todos e de cada um.

Com afeto paternal,

Bezerra de Menezes

Psicografado por Andrei Moreira, em 02/01/2012, na reunião da Amemg no Hospital Espírita André Luiz

Seguindo os passos do Mestre

Meus amados,

Muita paz!

O ideal médico-espírita surgiu de sublime inspiração, onde o Mestre Jesus dispôs para os que precisavam de oportunidade de reparação e crescimento o exercício da caridade, através do auxílio sistematizado aos que sofrem e choram, nas mais diversas manifestações da dor.

Ele se faz, ao mesmo tempo, convite ao aprendizado e reflexão, propondo para outros corações ainda não despertos as lições imorredouras da realidade espiritual; e para a conjugação da terapêutica voltada ao mundo físico com a sabedoria da terapia energética e do Evangelho, as quais ultrapassam a visão reducionista da matéria, dirigindo-se profundamente no ser, onde residem verdadeiramente todas as causas do adoecimento.

Entretanto, já não se pode mais agir como outrora, quando prisioneiros do orgulho e vaidade, militávamos em frentes diversificadas, dizendo-nos portadores das verdades superiores, mas atuando equivocadamente, atendendo aos interesses mesquinhos do egoísmo.

É preciso se libertar das algemas desse passado delituoso, construindo uma associação, na qual seus membros e ações reflitam o ensinamento do Cristo: “meus discípulos serão reconhecidos por muito se amarem”.

O amor deverá ser hoje e sempre a bandeira que os une. O sentimento de fraternidade, a espontaneidade do afeto e o cuidado sincero de apoiarem-se uns nos outros não poderão se perder.

Entretanto, esse amor não pode restringir-se aos companheiros de jornada. Ele deverá ser a meta maior de suas práticas, oferecendo-o a todos que os busquem, de modo que possam reconhecer a presença viva do Cristo pela expressão amorosa do atendimento a cada um.

O objetivo maior das Associações Médico-Espíritas deve ser o atendimento integral, efetivo e afetivo, dos que batem à porta, em nome de Jesus, na procura de lenitivo para suas dores.

Por isso, o Mestre asseverou: “Não são os sãos que precisam de médico”. A atividade acadêmica, as pesquisas e o compartilhamento dos conhecimentos precisam ter sempre o propósito de aliviar a dor, consolar o enfermo e oferecer-lhe o caminho para a verdadeira cura.

Jesus, em sua sabedoria, afirmou: “graças vos dou meu Pai, por ter escondido estas verdades aos doutos”. Ele não queria desvalorizar a importância dos homens de ciência que se dedicam, muitas vezes de maneira sacrificial, ao trabalho da ampliação dos conhecimentos e da constatação das verdades. Referia-se, sim, àqueles que, como a maioria de nós no passado, se movem pelo egoísmo e desejo de serem reconhecidos e aplaudidos, posicionando-se como uma casta especial. Reorganizando a sociedade, colocando os seus pares próximos e os que lhes incomodam distantes, fugindo à reflexão sobre a dor e o sofrimento próprios e do outro.

Continuem estudando, aproveitem todo o conhecimento humano, dividam espaço com estudiosos que querem compartilhar o aprendizado; estimulem, apóiem e participem das pesquisas para a comprovação das verdades imortais do espírito. No entanto, não se permitam, em momento algum, acreditar que são criaturas especiais, merecedoras de tratamento particular. Sejam cuidadosos. Expressem a fraternidade e ajam cristãmente, mas sem bajulações que, antes de auxiliarem, servem para desequilibrar os desavisados.

A vida é um chamado ao serviço. O Cristo Jesus assevera que “aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o menor”.  Coloquem-se, a todo o momento, nesta condição. Busquem oferecer-se a todos, mas de maneira particular ao doente que, fragilizado em sua dor, espera em vocês um farol de luz, um referencial para o seu alívio.

Não se assustem com as injúrias e agressões recebidas. Na posição atual da humanidade, nenhuma criatura é unanimidade. Acolham as críticas, avaliem os conteúdos e aproveitem-nas para se reformarem naquilo que é o reflexo do homem velho e imprudente.

Não se turbem diante das agressões; não abandonem suas obrigações e, mais do que isso, não se permitam a devolver os insultos. O verdadeiro cristão está sempre ocupado, porque a dor vige no mundo e não há tempo para revides e violência; pois toda energia deve ser usada para o acolhimento dos desvalidos e abandonados.

É Jesus que afirma: “Prova de amor maior não há do que dar a vida pelo seu amigo”. Assim, compreendam que o rebanho do Cristo é a família universal e todo ato do cristão deve ser marcado pela disponibilidade não só de auxiliar, mas de se sacrificar por todos, em nome do Amor divino.

Não se assustem com o crescimento do sofrimento nestes tempos de transição. Não se perturbem com as convulsões do planeta, em sua caminhada evolutiva. São condições previstas pela Sabedoria divina, necessárias para a transformação e perfeição. Ninguém ficará desamparado e será assegurada a promessa da Lei: “a cada um segundo as suas obras”.

O chamado do Senhor permanece. Ele caminha servindo, amando e esperando que façamos o mesmo.

Sigam em frente, sem se abater pelo passado de erros, pelo presente de lutas ou pelas incertezas do futuro. Jesus está no leme, assegurando que a vontade do Pai se concretize em favor do aprimoramento de todos.

Recebam o abraço e carinho paternal de sempre!

Bezerra.

Página psicografada em 16/05/2010, por ocasião do VI Encontro Norte-Nordeste das Associações Médico-Espíritas, pelo médium Roberto Lúcio.

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